Os oito vereadores de Mucuri presos no final de dezembro do ano passado
na “Operação Caribe”, acusados de receber propina de um empresário,
retornaram aos cargos nesta quarta-feira (24). Os edis, que receberiam
R$ 25 mil ou um lote e mais R$ 5 mil para aprovar um projeto de criação
de um loteamento no município, estavam afastados de suas funções desde o
início de janeiro e tiveram até os bens bloqueados. Reassumiram os
cargos e com a mesma composição da Mesa Diretora, o presidente da
Câmara, Carlos Gonçalves de Souza (PSDB), os vereadores Roberto Correia
Bastos (PSC), Roberto Alves dos Santos (PSC), Márcio de Jesus Machado
(PDT), Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB), Wilson Pereira Cabral
(PR), além dos denunciantes Justina Souza Cruz (PSD) e Manoel Negino
Cruz (PSDB). A sessão de reintegração dos cargos foi presidida pela
vereadora Maria das Graças Borges de Araújo, a “Professora Gracy” (PR),
única edil isenta das denúncias do Ministério Público da Bahia. Desde o
dia 15 de maio deste ano, os políticos tiveram a revogação dos mandados
de prisão e foram soltos. Em sua decisão desta quarta, a juíza Tarcísia
de Oliveira Fonseca, titular da Vara dos Efeitos de Relações de Consumo,
Cíveis e Comerciais da Comarca de Mucuri, revogou a medida cautelar de
suspensão do exercício da função pública de vereador, para que todos os
envolvidos aguardem nos seus devidos cargos o julgamento de mérito do
processo. Dos oito vereadores, apenas Cabral, conhecido como “Wilson da
Pinheiro Móveis”; e Machado, conhecido como "Marcinho da Divisa”,
tentaram permanecer na cadeira na próxima Legislatura, mas obtiveram 242
votos e não conseguiram ser reeleitos.