O terceiro debate deste segundo turno das eleições de Salvador foi o menos exaustivo devido às mudanças de formato propostas pela Tv Aratu. Contudo, não são poucas as pessoas que concordam com a análise do cientista político Paulo Fábio Dantas de que “já deu. Agora, está na hora de votar. Não tem mais o que dizer. Eles já disseram tudo o que tinham para dizer”. Na próxima sexta-feira (26) acontece o último embate entre ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) antes da eleição de domingo (28), quando será anunciado o novo prefeito de Salvador.
“No primeiro debate acho que Nelson Pelegrino estava meio desprevenido. Não sei o que aconteceu. Eu fiquei com a impressão de que ACM Neto se mostrou um candidato muito mais desenvolto, à vontade. Nos outros dois debates houve um equilíbrio disso. Diria que houve um equilíbrio no segundo. E neste terceiro foi quase que uma ancoragem”.
Sobre a realização do segundo turno, Paulo Fábio destaca outra característica interessante deste pleito. “Acho que esta eleição de Salvador desmentiu uma tese muito corrente de que o segundo turno é sempre uma nova eleição. Não foi. Aqui em Salvador a eleição do segundo turno foi um acirramento, uma radicalização de uma polaridade que se desenhou no primeiro turno”.
Outra avaliação que o pesquisador traz para o embate se refere à disputa pelos 475 mil votos que não foram dados nem para Neto, nem para Pelegrino. Aqueles dados para outros postulantes – Mário Kertész, Márcio Marinho, Rogério Da Luz, Hamilton Assis -, além dos nulos, brancos e abstenções. Estes eleitores vão desequilibrar a balança.
“A polarização que atingiu metade do eleitorado (ACM Neto teve pouco mais de 518 mil votos enquanto Pelegrino foi escolhido por 513 mil) no primeiro turno que foi o que deu a soma dos votos dos dois e no segundo turno a outra metade. Isto é diferente do que se costuma dizer que é outra eleição”.
Portanto, a discussão que se estabelece no tabuleiro eleitoral de que Neto teve mais votos em áreas consideradas nobres, enquanto o eleitorado de Pelegrino estaria concentrado nas periferias deve ser estendida para as zonas eleitorais nas quais os votos dos adversários majoritários foram computados.
“No primeiro debate acho que Nelson Pelegrino estava meio desprevenido. Não sei o que aconteceu. Eu fiquei com a impressão de que ACM Neto se mostrou um candidato muito mais desenvolto, à vontade. Nos outros dois debates houve um equilíbrio disso. Diria que houve um equilíbrio no segundo. E neste terceiro foi quase que uma ancoragem”.
Sobre a realização do segundo turno, Paulo Fábio destaca outra característica interessante deste pleito. “Acho que esta eleição de Salvador desmentiu uma tese muito corrente de que o segundo turno é sempre uma nova eleição. Não foi. Aqui em Salvador a eleição do segundo turno foi um acirramento, uma radicalização de uma polaridade que se desenhou no primeiro turno”.
Outra avaliação que o pesquisador traz para o embate se refere à disputa pelos 475 mil votos que não foram dados nem para Neto, nem para Pelegrino. Aqueles dados para outros postulantes – Mário Kertész, Márcio Marinho, Rogério Da Luz, Hamilton Assis -, além dos nulos, brancos e abstenções. Estes eleitores vão desequilibrar a balança.
“A polarização que atingiu metade do eleitorado (ACM Neto teve pouco mais de 518 mil votos enquanto Pelegrino foi escolhido por 513 mil) no primeiro turno que foi o que deu a soma dos votos dos dois e no segundo turno a outra metade. Isto é diferente do que se costuma dizer que é outra eleição”.
Portanto, a discussão que se estabelece no tabuleiro eleitoral de que Neto teve mais votos em áreas consideradas nobres, enquanto o eleitorado de Pelegrino estaria concentrado nas periferias deve ser estendida para as zonas eleitorais nas quais os votos dos adversários majoritários foram computados.