Levantamentos da PF e do Ministério Público nos estados mostram que a
forma mais comum de compra de votos continua sendo o pagamento em
dinheiro. Mas outras maneiras menos ortodoxas de corromper o eleitor
foram usadas nas eleições deste ano pelo Brasil afora. É o que revela a
reportagem publicada na edição deste sábado (20) do jornal Extra. Na
cidade amazonense de Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus, a
candidata a vereadora Carme Cristina (PDT) foi presa porque, segundo a
Polícia Civil, ela trocava base de cocaína por votos. A matéria,
assinada pela repórter Juliana Castro, de O Globo, traz também, entre
outros, os exemplos de Foz do Iguaçu (PR) e Palmeira dos Índios (AL). Na
cidade paranaense um suposto esquema envolvia oferta de aparelhos
ortodônticos em troca de votos para um candidato a vereador, cujo nome
não foi divulgado. Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal em
setembro. Já em Alagoas, a troca se deu por meio de programas sociais.
Ainda de acordo com o jornal, a PF explicou que na cidade alagoana os
eleitores deveriam comparecer à casa do candidato com o título eleitoral
para trocar seus votos por moradias do programa “Minha Casa Minha
Vida”.