Faltando menos de um mês para as eleições, começam a aumentar os burburinhos em torno do cenário eleitoral na capital baiana. Com seis candidatos na disputa pela Prefeitura de Salvador, a expectativa cresce sobre quem deve chegar à frente nas urnas no dia da decisão - 7 de outubro -, mas também surge a cogitação de novas possibilidades ao jogo político.
Na quinta-feira (13), uma nota publicada na coluna painel, da Folha de São Paulo, trouxe à tona a chance de movimentação no contexto da sucessão soteropolitana. Conforme a coluna, uma ala do PMDB cogitava retirar a candidatura de Mário Kertész para apoiar ACM Neto (DEM) já no primeiro turno, caso a presidente Dilma Rousseff (PT) atenda o apelo de Lula para participar da campanha de Nelson Pelegrino (PT).
No entanto, a suposta desistência de candidatura foi negada com veemência por Mário Kertész e pelo presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, que reiteraram a expectativa positiva de ir para o segundo turno.
Nos bastidores, entretanto, há quem diga que caso nas próximas semanas, não haja crescimento de sua candidatura nas pesquisas, Kertész em decisão própria poderá recuar do pleito, ou seja, a determinação não seria do partido, que temeria sair com a imagem enfraquecida, caso decidisse pela desistência.
Sem essa situação, o que haveria, entretanto, seriam rumores de insatisfação de alguns peemedebistas com o fato de Kertész já ter sinalizado que pode apoiar o candidato do Nelson Pelegrino (PT). Alguns integrantes do PMDB não teriam digerido bem a possibilidade, em função das divergências existentes em âmbito estadual.
Em recentes entrevistas à Tribuna, o peemedebista não escondeu sua afinidade maior com o petista e insatisfação com Neto, que segundo ele teria sido o responsável pela não unidade das oposições.
Kertész ironizou a notícia de uma suposta saída sua do processo. “Renúncia? Isso é fofoca e intriga de político que não tem a cidade como prioridade e insiste em querer discutir coisas secundárias, eu estou preocupado com Salvador”, enfatizou Mário. “Não precisava, mas acrescento que decisão de renúncia não cabe ao partido. E está totalmente fora de cogitação”, acrescentou.
O líder peemedebista Lúcio Vieira Lima descartou qualquer tese de desistência. “A candidatura de Mário está para chegar ao segundo turno. Não vejo nexo, pois estamos trabalhando, independente de termos apoios de Lula ou de quem quer que seja. Estamos lutando para ganharmos a eleição”, disse destacando que a nota seria plantada. Segundo ele, se houve alguma reclamação não chegou oficialmente ao partido.
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