Primeiro político a amargar veredictos adversos no julgamento do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) disse a companheiros de partido que não entregará o mandato “de mão beijada”. Informou que brigará para não ser preso e para permanecer na Câmara até o término da atual legislatura, em 2014. Condenado por três crimes –corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro— João Paulo prepara dois movimentos. Num, recorrerá contra as decisões do Supremo. Noutro, apelará à solidariedade dos colegas de Parlamento para salvar o que lhe resta de mandato. Sabendo-se inelegível por oito anos, o ex-presidente da Câmara alega que a sobrevivência no Legislativo é essencial para que consiga reestruturar sua vida. Segundo diz, não dispõe de reservas financeiras que lhe permitam dispensar do dia para a noite o contracheque de deputado (R$ 26,7 mil mensais). Em seus diálogos privados, João Paulo chega mesmo a inventariar seu patrimônio: R$ 80 mil no banco, três carros usados, a casa onde mora em Osasco e um flat que lhe rende aluguel de R$ 2 mil por mês. Leia mais no Blog do Josias.