A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta-feira (21) declaração do relator da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a "surpresa" expressa em depoimento em 2009 referia-se ao "histórico acordo" entre partidos para a aprovação do marco do setor energético no Congresso. O ministro Joaquim Barbosa citou na quinta-feira (20), durante sessão do julgamento do chamado mensalão no STF, trecho de depoimento de Dilma, no qual ela disse "ter ficado surpresa com a rapidez que foi aprovada na Câmara dos Deputados o marco do setor energético", em 2003. Barbosa usou o trecho para concluir que poderia-se "assim avaliar a dimensão das atribuições dos parlamentares, que funcionaram como verdadeira mercadoria em troca dos pagamentos milionários". Dilma disse que, em dezembro de 2003, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou duas medidas provisórias ao Congresso para criar um marco regulatório para o setor de energia. As MPs foram votadas e aprovadas na Câmara, e seguiram para o Senado. "No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição", disse Dilma em nota oficial. Informações do Estadão.