O candidato a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tem a campanha mais cara do país. O petista gastou até agora R$ 16,5 milhões, despesa 11 vezes maior que o primeiro colocado nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB). Depois de dois meses de campanha, Russomanno declarou à Justiça Eleitoral ter gasto R$ 1,3 milhão. Já o tucano José Serra, empatado tecnicamente com Haddad nas intenções de voto, disse ter gasto a metade do valor do petista: R$ 8,4 milhões. Só com marketing, Haddad gastou mais que toda a campanha de Russomanno: R$ 3 milhões repassados à Polis, empresa do publicitário João Santana. Outros R$ 2,9 milhões já haviam sido investidos no aluguel de carros de som. O PT ainda declarou gastos de R$ 1 milhão com advogados e R$ 960 mil com a assessoria de imprensa de Haddad. O coordenador da campanha, Antonio Donato, afirmou que os gastos estão dentro do programado. "Como o eleitor não conhecia Haddad, tivemos que antecipar muitas despesas para espalhar o rosto e o nome dele nos bairros, com apoio dos candidatos a vereador", explicou. Os petistas disseram ter arrecadado R$ 10 milhões até aqui. Deste valor, quase 90% foram contabilizados como repasses do partido, as chamadas doações ocultas, em que a origem dos recursos não é discriminada.