Murilo Ramos, Marcelo Rocha e Diego Escosteguy, Época
Época teve acesso a novas conversas telefônicas interceptadas
pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo – que, no final de
fevereiro, deslindou a infiltração do crime organizado no governo de
Goiás. A íntegra das conversas – 5,9 gigabytes de informação – corre sob
segredo de Justiça na 11ª Vara Federal de Goiânia. Nela, encontra-se
fartura de trechos inéditos – e explicitamente reveladores, sobretudo
sobre o envolvimento do tucano Marconi Perillo, que governa o Estado de
Goiás, com o esquema liderado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e pela
construtora Delta. Entre outras novidades, há diálogos em que se diz que
Perillo “mandou passar” à Delta um contrato que poderia render R$ 1,2
bilhão. Noutros diálogos, cita-se Perillo como responsável por ordenar,
por intermédio do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM), que o diretor
do Detran no Estado, indicado por Cachoeira, contratasse uma empresa de
um amigo do governador. Descobre-se, ainda, que um irmão de Perillo,
chamado Antônio Pires Perillo, ou Toninho, tinha um celular Nextel
habilitado nos Estados Unidos para conversar com Cachoeira – e que
Toninho prestou serviços a ele. Leia mais no site da revista Época.