Marcos Valério, um dos cérebros do mensalão, voltou a ameaçar Lula, segundo a VEJA desta semana.
Em pânico com a possibilidade de vir a ser condenado pelo Supremo
Tribunal Federal, que começará a julgar no próximo dia dois os 38 réus
do mensalão, Valério se disse disposto a contar que esteve com Lula
várias vezes, o que Lula sempre negou.
Foi Paulo Okamoto, uma espécie de diligente tesoureiro informal da
família Lula, que de novo dobrou Valério. Naturalmente, Okamoto nega que
Valério tenha feito qualquer ameaça a Lula. Ou dito que antes do
estouro do escândalo do mensalão estivera com ele na Granja do Torto,
uma das residências oficiais do presidente da República.
“[Valério] queria me encontrar porque às vezes quer saber das coisas.
Em geral, ele quer saber como está a política, preocupado com algumas
coisas”, justificou Okamoto. Foi claro? Adiante.
Coube também ao advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, outra peça
importante da engrenagem do PT, agir para sossegar o espírito atribulado
de Valério.
Ponham-se no lugar do ex-publicitário mineiro. Era rico, riquíssimo
antes de se meter com o PT de Delúbio Soares, Genoino e José Dirceu.
Tinha duas agências de propaganda. E inventara uma forma de lavar
dinheiro por meio de bancos para engordar o caixa 2 de políticos às
vésperas de eleições. Eduardo Azeredo, do PSDB, foi um deles.
Procurado para fazer pelo PT o que fizera por Azeredo, imaginou ter
tirado a sorte grande.O governo Lula estava nos seus meses iniciais. E a
turma à frente do partido em busca do tempo perdido.
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