O advogado e ex-delegado de Polícia Civil Paulo Magalhães Araújo entrou
nesta segunda-feira (30) no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido
de suspeição contra o ministro José Dias Toffoli no processo do
mensalão. “Nós aguardamos até o último momento a Procuradoria-Geral da
República tomar uma posição para pedir a suspeição do ministro. Como não
pediu, coube à sociedade civil”, justificou o advogado. Entre as razões
para que Toffoli se declarasse impedido de julgar o mensalão por
motivos pessoais, estão o fato de que ele trabalhou na Casa Civil como
assessor jurídico do ex-ministro José Dirceu, réu no processo, e também
com o PT, partido para o qual advogou em campanhas eleitorais. Além
disso, sua atual namorada é uma advogada que trabalhou para três
investigados no mensalão. No entanto, segundo a Folha, colegas de
Toffoli no Supremo já declararam que ele decidiu participar do
julgamento. Ainda de acordo com a publicação, a petição de Magalhães
deverá ser rejeitada pela Corte, já que o ele não é parte do processo.
Está previsto no Código Penal que somente as partes podem “recusar” o
juiz de uma causa, caso o próprio magistrado não reconheça sua
suspeição.