O prefeito de Jitaúna (a 188 km de Salvador), Edísio Cerqueira Alves
(PMDB), foi condenado em primeira instância, pela juíza Juliana de
Castro, por improbidade administrativa após ação proposta pelo
Ministério Público estadual (Comarca de Jitaúna). Com isso, o prefeito
perde seus direitos políticos por oito anos. Ele e outros envolvidos nas
supostas irregularidades terão de ressarcir ao erário mais de R$ 300
mil com juros aplicáveis desde 2009. O prefeito Edísio poderá recorrer
da sentença. A ação foi fruto de apuração de denúncia feita por três
vereadores de oposição, Neres Costa dos Santos, Edson Silva e Marileide
Santana da Costa. A clínica que prestava serviço público de laboratório à
população de Jitaúna, o Laboratório de Análise Clínica Jitaúna Ltda.,
era, no mínimo, suspeita: a dona do estabelecimento, Juciane de Jesus,
era a empregada doméstica do prefeito Edísio. Para completar, a clínica
venceu uma licitação da qual não se sabem quais foram os concorrentes; a
sede da empresa funciona num imóvel do próprio prefeito, e, de quebra,
os três funcionários da clínica, que em tese é privada, têm os salários
pagos pela prefeitura. A reportagem entrou em contato com a secretária
do prefeito Edísio Cerqueira Alves, mas ela informou que ele não poderia
atender à reportagem por estar em reunião. (A Tarde)