21 de junho de 2013

Uma luta necessária em tempos de reação dos filhos da pátria.


Por Rogério Lima e Alex de Oliveira, Texto e narração, seguidamente.


A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento, não necessariamente na vitória. (Mahatma Gandhi).

Disse assim o herói campeão Airton Senna:
“É muito difícil você conseguir vencer numa boa. Pra vencer você tem que lutar, e essa luta muitas vezes significa indispor de certa forma com algumas pessoas, pra prevalecer aquilo que você acredita. Teu ponto de vista, tua cabeça, a tua personalidade acima de tudo. E se você não lutar pra valer, você acaba perdendo teu próprio rumo. E se você perde o teu próprio caminho, você não é ninguém. Então, pra conseguir manter essa linha de conduta, você tem que lutar muito. E, muitas vezes, tem que brigar mesmo.”

Um homem experimentado nos movimentos sociais, nas lutas com ou sem vitória, como já disse Gandhi, não importa, escreveu o seguinte: A imprensa ainda está perdida, sem saber o que e o porquê do que está acontecendo! Os jovens às ruas, sem bandeiras específicas, sem lideranças históricas, são como as caras pintadas sem um Fernando Collor como alvo. Disse o homem de luta.

Em 31 de Julho de 2011, texto ainda postado no blog Brasil 247 diz o seguinte, em síntese desta opinião:

Dilma foi levada aos porões da ditadura, onde foi torturada durante 22 dias consecutivos. Do lado de fora, o País cantava: “Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, salve a seleção”. A canção, do compositor Miguel Gustavo, até hoje evoca as glórias da seleção canarinho e o passado sombrio do regime militar. Na Copa de 1970, no México, Dilma estava trancafiada, enquanto Pelé encantava o mundo. Numa cela escura, a guerrilheira mal recebia notícias do mundo exterior. O futebol era uma exceção. E foi na cadeia que ela aprendeu a gostar do esporte mais popular do planeta.

A partir destes destaques passemos a opinar ainda sobre os protestos em série que, culminaram também ontem no fim do dia, início da noite nas ruas de Itaberaba.

Ressalte-se acerca e contra o que protestamos? Há que se asseverar que a verdadeira manifestação do cidadão brasileiro e de Itaberaba é contra a corrupção. Nem é exatamente contra as faltas de saúde, educação, emprego, segurança enfim. Muito embora seja isto, resultante das práticas deletérias de alguns muitos que guiam com direção própria o monstro destruidor da renda e da paz da população geral, que é o mostro da CORRUPÇÃO. Mas, a manifestação geral é mesmo sem, inicialmente, saber ao certo, contra a corrupção. Erva daninha que corrói como a traça as verbas do brasileiro impedindo que as políticas públicas pagas antecipadamente pelo cidadão cheguem à efetividade nas suas vidas. Por conseguinte e por coincidência é o brasileiro amante da pelota ou do futebol. Ventila-se isso por conta das cifras bilionárias investidas nas copas do mundo e das confederações.

Mas, dai a comparar que o que sofreu a presidente DILMA com o que ocorre hoje, insinuando ser a tortura da guerrilheira o preço para que tivéssemos o que ainda não temos em inteireza e completude. O que se revela numa estultícia, numa bobice. Da mesma forma que o é, pensar que antes tíamos um alvo, como o fora Color e hoje não o temos isto explicitamente. Necessário repetir que as manifestações em série nem é contra o político pessoa titular do ato desonesto. Todos gritam contra a corrupção mal maior da sociedade e que ora contamina a um eleito e noutro momento contamina a outros, igualmente, escolhidos em processo eleitoral. Num dado momento Luiz Inácio acusa de ladrão o Maluf e o Collor e na atualidade se junta aos mesmos denunciados de ontem para defender ou atuar na mesma trincheira. Portanto, os alvos de hoje são a soma dos de ontem, atualmente no mesmo cesto de laranjas podres. Portanto, fácil identificar o alvo. Muda-se ou mistura os personagens, mas, a corrupção permanece a mesma. As práticas são as mesmíssimas.

Entretanto, é justo esta opinião creditar à presidente Dilma os melhores votos de esperança da lisura. De fato a esta, não se tem apontado indubitavelmente ato de ladroagem. O contrário de alguns colegas de seu partido submergido com o corpo quase inteiro na lama da vergonha. O que vem desfigurando, literalmente, uma história de lutas plantadas ao longo da existência do partido dos trabalhadores. 

Sublinhe-se, que o exemplo de cima é pela magnitude da coisa, mas, a corrupção ocorre na maioria dos demais partidos, maior ainda, nas diversas prefeituras do Brasil inteiro, praticada por diversos prefeitos ladrões e que metem, com a aquiescência das câmaras municipais, a mão no dinheiro do povo, paradoxalmente, contando com a lentidão do judiciário. Esta também vítima dos corruptos, pois, a estes interessam que a máquina da justiça nunca ande com rapidez e celeridade. 

Este é um protesto silencioso que demos o nome de apolítico para que não tivesse ares partidaristas. Mas, não nos enganemos. Tudo é política. Tudo é política partidária e não tem para onde correr. Quem aumenta a carne, o feijão, à farinha e a passagem são os políticos. E são os mesmos que detém o poder da revogação como já fazem agora quanto às passagens no Rio e em São Paulo. Voltam à trás, quando os representados se insurgem contra atos e impropérios de malandros revestidos de republicanos. Com raríssimas e honrosas exceções, evidentemente. 

Não podemos afirmar que a manifestação daqui foi pífia. Mas, podemos assegurar sim, que poderia ser mais numerosa, mais valente, sem ser desordeira. Importa, porém, que já simbolizou ou sinalizou que o gigante tá acordado e que intervirá pessoalmente tão logo a opressão tente outra vez a ultrapassar os limites da coerência e da razoabilidade. Quanto ao caráter de santidade, sabe-se e fica comprovado que não existe. Não neste planeta terra. Que os senhores opressores agora possam mensurar seus atos opressivos, pois, a sapiência e o conhecimento da força popular explodiu como antes não se viu. Existindo mais cristalinamente no coração do povo. Povo que já sabe que tem algoz sentado na cadeira do poder, mas que da mesma forma, tem diabos disfarçados de santos pretendendo assumir a mesma posição para anular toda uma história de retidão e de pregação idônea, para enfim lambuzar-se de sujeira fétida. A partir destes dias recentes, talvez modificando a certeza de que o crime contra a economia popular e a sociedade não mais compense. Daqui para frente, espera-se que se escreva a história da continuidade ou da mudança em linhas retas e muito prosperamente. Para a satisfação geral.








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