3 de maio de 2013

EDITORIAL: Saúde e segurança pública, direito à vida sonegados.



Rogério Lima e Alex de Oliveira, texto e voz, seguidamente.

... Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem-se do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido. (Dalai Lama).
No livro por excelência, escreveu O Profeta Habacuque:
Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: VIOLÊNCIA! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa, a lei a afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.   (Hc 1: 2-4).

          O que acontece nestes últimos dias, tem sido assombroso. O alerta e a ameaça são reais. Vidas têm sido ceifadas e sucumbidas pelas vias ou intermédio das faltas de saúde e de segurança. Ocorre no Brasil e no mundo. Mas, acontece já de forma corriqueira aqui mesmo na nossa comunidade, diante de nossos olhos e de nossa impotência. Curiosamente, a saúde e a liberdade, são os dois mais importantes bem jurídicos tutelados. Mas, que nem mesmo o poder jurisdicional tem conseguido combater integralmente. 

As gravidades destes dois temas estão plugadas até mesmo pelas iniciais. Iniciais S. Sem saúde e sem segurança. O povo perece com estas faltas. 

O que se tem de fazer? De que maneiras deverão agir, atuar, neutralizar as doenças e a criminalidade que nos sobressalta? Como imprensa, como político, como cidadão, como vítima, como pessoa. Há que se indagar, perguntar, perquirir acerca do que fazer diligente, inteligente e sabiamente. 

Entretanto, importa retratar, seriamente, para você que nos ouve do outro lado das ondas sonoras do rádio e das paginas eletrônicas que ganhará este escrito logo mais. Há que se articularem comentários, sem nenhum temor, acerca da gestão de saúde e de segurança pública. Sobre o que estão fazendo os gestores da saúde e da segurança pública que não atuam eficaz e eficientemente. Saibam senhores, que vidas se perdem, diuturnamente, por conta de suas eventuais omissão, inoperância ou até mesmo indiferença. Indiferença com os que morrem sem nem mesmo sair em busca do recurso médico mais eficiente. De modo que nem mesmo as ambulâncias preparadas em quantidade irrisória e em qualidade ínfima de seus veículos o povo as têm concretamente. Na sua indiferença quando não foca com seriedade a estrutura humana e material de nossas casas de saúde desmanteladas ou de funcionamento capenga e mortal. 

É notório e sabido por todos que nossa saúde local opera com metade da capacidade que exige um município da magnitude da cidade de Itaberaba. Pior fica quando tentam tapar o sol com a peneira, sonegando da mesma forma em que se nega saúde qualificada, torce a informação reta. Acrescenta-se maquiagem e publicidade enganosa. A ingerência é, infelizmente, protegida pela igual negligencia e irresponsabilidade de uma câmara de vereadores que não aprova requerimento e, por conseguinte não fiscaliza os atos insanos do executivo. Do executivo e até mesmo da iniciativa privada. Talvez esta, merecesse mais apoio e suporte para que funcionasse a contento. Pois a coisa pública não pode ser tratada como uma concorrência de botequim ou mercantilista. O gestor público deve ser grandioso. Deve pensar e agir globalmente, para que assim promova o crescimento saudável e uma paz que se sustente perenemente. 

Não queremos aqui dar lição de coisa alguma. Estamos cansados de assistir os fatos se repetirem insistentemente a cada dia. É só amanhecer, para se constatar mais mortes pela saúde deficiente, mais mortes pela violência e falta de segurança. Afrontas que fazem grassar mais mortes, por conta das discussões estagnadas nos egos e nas vaidades dos governantes. Representantes que só pensam nos interesses estranhos aos interesses sociais sérios e vitais. 

São constantes a vidas que se tombam pela ação da polícia e dos próprios partícipes de delitos e crimes. As cadeias estão explodindo de pessoas acusadas de todas as espécies de acusações e de ações delituosas. Fala-se em reduzir a maioridade penal, em encarcerar, punir, endurecer as penas. Tudo por ora em vão. Certamente, por não ser adoção recomendada. Pouco se diz das ações preventivas e do gerenciamento severo para que o recurso público não desvie o seu curso normal. Alega-se que a verba é pouca e que não dar para nada. Normalmente, a alegação não se sustenta. Seja porque não se cria mais emprego, renda e escolas qualificadas, seja porque o dinheiro depositado pelas via dos impostos percorre outros caminhos que não o do fomento das políticas públicas e sociais. De discurso bonito e fabricado nas tribunas dos parlamentos, dos palanques políticos e das mídias compradas, o povo tá cheio. 

Resta-nos por derradeiro, prestar os seguintes esclarecimentos. De que não pretendemos ficar dia após dias, apontando culpados e suas ações deletérias de algozes sem qualquer caráter. Queremos tão somente que estes implicados pelos sofrimentos agora mencionados, cessem de fazer o humilde padecer, parem de aviltar, humilhar e oprimir quem te coloca no pódio e em lugar de destaque. Pois isto é covardia. É desumanidade. ARREPENDAMOS TODOS DE NOSSAS FALHAS, DESPINDO DE VAIDADES INFANTIS E INSENSÍVEIS. E QUE A ESPERANÇA SE RENOVE AGORA, ANTES QUE O SOL JÁ TENHA IDO E NÃO HAJA MAIS AMANHECER. PENSEMOS TODOS NISTO.




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