14 de fevereiro de 2013

PT exige encabeçar a chapa de sucessão nas eleições ao governo baiano em 2014

A Tarde:

Embora o clima nesta quarta-feira (13/2) fosse de ressaca do Carnaval, nos bastidores, lideranças políticas não perderam o foco das articulações que devem conduzir processo sucessório de 2014, quando serão colocados em teste os projetos do governo atual e da oposição na Bahia.

Alguns aproveitam o momento para avaliar cada passo que deve ser dado no ano que antecipa as principais eleições em todo o país.

Nesse contexto, petistas lideram no desejo de permanência nos holofotes e para isso já lançam um olhar à frente, temendo um avanço dos oposicionistas, em âmbito estadual, numa referência às derrotas em Salvador e Feira de Santana em 2012.

Principal condutor, o governador Jaques Wagner (PT) dá sinais de que busca uma maior aceitação e consequente avaliação positiva que o leve a fazer seu sucessor.

No PT, sigla que integra, a palavra de ordem é que desde já haja avanços nas táticas políticas. Nesse processo, os líderes petistas aproveitam para mandar o recado de que não vão abrir mão de lançarem nome próprio ao governo.

Os caciques do PT reiteram que o esforço será de união junto ao projeto federal, sendo a Bahia um dos estados mais importantes para que o partido consiga permanecer no poder. O próprio Wagner, nas raras declarações sobre política, durante o Carnaval, também sinalizou essa consonância. Ele afirmou que considerava “natural” a movimentação dos partidos da base, mas frisou que “omovimento deve ser confluente em torno de um projeto nacional”.

O presidente do PT estadual, Jonas Paulo, também destaca: “A Bahia é estratégica para a eleição de Dilma. Há uma sintonia fina com o projeto nacional”. Mas a tese mais defendida pelo PT, diante dos desejos já revelados por alguns aliados, é de que o partido indique o candidato à Governadoria.

“O PT deu demonstração de generosidade e de compreensão de seu papel ao abrir mão de disputar as eleições da Assembleia Legislativa, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) e a UPB (União dos Municípios da Bahia), mesmo sendo o partido que tinha nomes inquestionáveis”, disse Jonas.

Segundo ele, a sigla é a maior em número de deputados estaduais, federais, vereadores e prefeitos na Bahia, o que justifica a indicação. Além disso, há uma avaliação positiva em relação aos possíveis candidatos. “Temos bons nomes que têm projeções maiores do que os (pré-candidatos) da nossa base”, afirmou, numa referência a uma pesquisa. São citados nos bastidores, Marcelo Nilo (PDT), Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB).

Questionado sobre a comentada aceitação do vice-governador, Otto, principalmente no interior, Jonas afirmou taxativo: “Temos nomes que têm uma aceitação tal qual a dele”.

O presidente do PT discorda da tese de que não se pode antecipar 2014 e cutuca os possíveis nomes apresentados pelo PT ao dizer que eles estariam “um pouco tímidos”. Até o momento, os mais cotados são os secretários de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Walter Pinheiro.

“Se eles não debaterem, a oposição vai iniciar a discussão. Não é debater candidatura. É debater projeto. Se não debater, (ACM) Neto vai debater pela prefeitura”, disparou, lembrando que o PT recebeu “sinais” com as derrotas das prefeituras de Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana. “O nome que será trabalhado deve ser definido ainda este ano, sendo comunicado aos aliados”.

Colocado como um nome que pode assumir novamente a presidência do partido, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) frisa que “o PT não tem dúvidas de que não vai abrir mão de ter candidato próprio”.

“É legítimo quem faz parte da base querer, mas nós somos o maior partido, elegemos o maior número de prefeitos”, citou.

No âmbito municipal, o líder do PT na Câmara de Vereadores, Moisés Rocha, também reforça que “os nomes estão postos. Desses três (Gabrielli, Rui e Pinheiro) é que deve sair o nosso candidato”.
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