Eduardo Rodrigues, da Agência Estado
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Silveira, confirmou nesta quarta-feira a defasagem nos preços da gasolina no Brasil . Segundo reportagem do Estado de terça-feira, 15, o governo planeja conceder um reajuste de 7% na gasolina e entre 4% e 5% no óleo diesel. “O que saiu na matéria é o plausível, mas eu não tenho notícia da decisão ainda”, disse o secretário. Ele acrescentou que um eventual impacto do aumento nos combustíveis na inflação deste ano dependerá da data e da intensidade do reajuste. Silveira lembrou que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para combustíveis já está zerada e, dessa forma, o governo não tem teria muitos instrumentos para evitar que o aumento do preço chegue às bombas dos postos de gasolina. A reportagem do Estado adiantou que o governo federal deve reajustar em 7% o preço do combustível. O óleo diesel também vai subir, mas em nível um pouco menor – entre 4% e 5%. A expectativa é a de que o anúncio seja feito na semana que vem. Para amenizar o impacto desse aumento e evitar uma piora nos índices de inflação, a equipe econômica estaria estudando algumas medidas que poderão ser adotadas nos próximos meses. Uma delas seria o aumento da mistura de álcool anidro (etanol) na gasolina. O governo deve anunciar a elevação do teto da mistura, dos atuais 20% para 25%, com o reajuste dos combustíveis. Mas a elevação só deve ser efetivada quando a colheita de cana-de-açúcar estiver no auge, o que deve ocorrer no fim do primeiro semestre.