A menos de quatro anos dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o governo federal decidiu abrir os cofres para evitar um vexame histórico em casa, revela reportagem de capa do recém-lançado quarto número da Revista Congresso em Foco. O problema é que, apesar de a lógica recomendar investimentos na base, o governo federal optou mais uma vez por um plano emergencial, que prioriza o atleta de alto nível. É isso que prevê o Plano Brasil Medalhas 2016, lançado em setembro pela presidenta Dilma Rousseff. O apertado prazo de quatro anos para preparar uma equipe, que normalmente precisa de uma década para se tornar competitiva, é um dos motivos dessa opção. O projeto estabelece a liberação de R$ 1 bilhão para os próximos quatro anos, além dos recursos já disponíveis da Lei de Incentivo ao Esporte, das loterias federais e dos patrocínios de sete estatais – Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Infraero, Correios, Eletrobras e BNDES – para estimular os desportistas olímpicos. Também foi valorizada a chamada Bolsa Atleta, uma espécie de mesada paga pelo governo federal para atletas de alto potencial olímpico. Mas, comparado aos R$ 6 bilhões que o esporte de rendimento recebeu nos últimos quatro anos, o Plano Brasil Medalhas é insignificante para o gigantismo do salto olímpico pretendido. Leia mais no Congresso em Foco.