Um escrivão da Polícia Federal que trabalhava
com o agente Wilton Tapajós, assassinado na última segunda-feira (17),
foi encontrado morto em área nobre do Distrito Federal, por volta das
17h desta quinta (19). Segundo o Correio Braziliense, por enquanto, a
tese usada pela polícia é de suicídio. Tapajós atuou na linha de frente
das investigações que desarticularam a máfia que explorava caça-níqueis e
jogos de azar em Goiás. Coube a Tapajós acompanhar ações de Lenine
Araújo de Souza, um dos principais auxiliares do contraventor Carlinhos
Cachoeira, e também de policiais militares e civis, que faziam parte da
organização criminosa desmontada pela Operação Monte Carlo. A Polícia
Federal, que participa das investigações com a Polícia Civil e
prepara-se para assumir totalmente o inquérito, trabalha com a hipótese
de que o crime seria vingança de membros da quadrilha, ou ainda queima
de arquivo. Na última quarta (18), o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, pediu à PF rigor na apuração do crime contra o policial, que foi morto enquanto visitava o túmulo dos pais no Cemitério Campo da Esperança.