“O professor Jorge Portugal pode ser comparado ao senador Demóstenes
Torres, que se apresentava como o arauto da moralidade pública, mas
defendia interesses de um contraventor. No caso de Portugal, ele posava
na mídia como defensor da educação, mas se revelou um verdadeiro
depredador da educação ao assinar oportunisticamente, em plena greve dos
professores, um contrato milionário com o governo estadual para dar
aulões”, observou o presidente estadual do Democratas, José Carlos
Aleluia, em entrevista à rádio CBN Salvador, na manhã desta
segunda-feira (09). O líder democrata é o autor da ação popular que
requer o cancelamento do contrato da Abaís, empresa do professor Jorge
Portugal, com o governo estadual, no valor de mais de R$ 1,5 milhão para
prestação de serviços educacionais Pré-Enem, pelo prazo de 180 dias. O
processo está na 5ª Vara da Fazenda Pública e aguarda julgamento do juiz
Ricardo D’Ávila. Para Aleluia, o contrato fere os princípios de
moralidade e legalidade que regem a administração pública. “É um absurdo
e um total desrespeito aos professores da rede estadual de ensino, que
ganham menos de R$ 9 por hora-aula, pagar R$ 250 pelo mesmo tempo de
trabalho aos amigos de Jorge Portugal. Nenhum professor de doutorado
ganha esse valor no Brasil. Tenho confiança que a Justiça vai cancelar
esse contrato, que é um verdadeiro assalto ao povo”, disse.