Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos de uso doméstico
comercializados no Brasil terão que ter tensão bivolt (127 e 220 volts).
Projeto de lei com essa finalidade foi aprovado nesta quinta-feira (15)
pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
De autoria do senador licenciado Marcelo Crivella (PRB-RJ), o projeto de lei (PLS 582/2011)
ainda será examinado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), na qual receberá decisão
terminativa.
Na justificativa da proposta, Crivella disse que o
projeto visa facilitar a vida do cidadão que muda-se para uma cidade com
padrão de tensão diferente daquele adotado pelo fabricante de seus
aparelhos eletroeletrônicos. Em sua avaliação, é fácil para o fabricante
adotar uma solução definitiva para evitar problemas com tensões
diferentes de equipamentos.
Em seu parecer pela aprovação da matéria, Lobão Filho (PMDB-MA)
concorda com o argumento do autor. O dispositivo, na opinião do senador,
vai evitar transtornos ao consumidor.
- Efetivamente, é muito mais econômico e seguro o
fabricante solucionar esse dilema, pois ele dispõe de todas as condições
tecnológicas para oferecer ao consumidor equipamentos com tensão
bivolt. Com isso, evita-se que o usuário dos eletrodomésticos corra
riscos inerentes à realização de adaptações em sua rede elétrica ou
tenha que lidar com transformadores em sua residência - observou Lobão
Filho.
O relator ainda ressaltou que a proposição não impõe “ônus excessivo”
aos fabricantes, uma vez que não obriga a troca de equipamentos antigos
e prevê prazo de 120 dias, contados da publicação da lei que resultar
do projeto, para que os produtores nacionais e estrangeiros se ajustem à
nova exigência.
Para isso, a proposta altera a lei que obriga a instalação em
edificações de sistema de aterramento e instalações elétricas
compatíveis com a utilização de condutor-terra de proteção, bem como
torna obrigatória a existência de condutor-terra de proteção em
aparelhos elétricos especificados (lei 11.337/2006).